Curso Básico de Teologia (Livre)

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Kenõo - esvaziou-se

Filipenses 2.5-11

17/01/2014

Filipenses 2.5-11.

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

Comentário  Esperança - Fp 2.5 (Werner de Boor - pietista)
Está em jogo o “exemplo” de Jesus. “Tende consideração em vós por aquilo que também (havia) em Jesus Cristo”! Mas não se trata do exemplo de uma “pessoa nobre” à qual devotamos “admiração” sem que nós mesmos sejamos mudados. Aqui somos confrontados com uma história extraordinária. Evidentemente ninguém pode provar que isso é “história”, e não “mito”. Cada indivíduo, porém, deveria conscientizar-se com toda a simplicidade de que todo esse testemunho perderia o valor e a força se fosse apenas “mitologia”, e não história. As ações e as experiências de um personagem mitológico deixam-me completamente indiferente. Na verdade não tem nada a ver comigo. Se o caminho aqui descrito tiver realmente sido trilhado por Jesus, o Jesus a quem conheço, a quem amo, a quem pertenço, porque ele é “meu” Jesus, meu Redentor, minha “vida”, somente então o aqui relatado mexerá com todo o meu ser. Então receberei algo que nenhuma filosofia existencial é capaz de me proporcionar, mas que todos aqueles que leram essas palavras de coração aberto na longa história da igreja de Jesus receberam. Paulo evidentemente não faz nenhuma tentativa para “demonstrar” a veracidade de todas essas afirmações. Não é possível provar - somente é possível ouvir e captar pela fé mediante o Espírito Santo.
 
Comentário Esperança Fp 2.6 (Werner de Boor)
Essas informações não se referem a um ser humano, por mais nobre e eminente que tenha sido, mas sobre aquele de quem é preciso afirmar: “Ele, existindo em forma de Deus, não considerou roubo o ser igual a Deus.”Existindo em forma de Deus – ouvimos esse límpido testemunho de inúmeras maneiras no NT: ele é o “Verbo” que “estava com Deus” e era “Deus por natureza”, diz João. Ele “é a réplica exata do ser de Deus, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder”, diz a carta aos Hebreus. Ele é a “imagem do Deus invisível”, “por meio dele e em direção dele foram criadas todas as coisas”, diz a epístola aos Colossenses [1.15s]. Jesus participa da divindade de Deus, Jesus possuía a “imagem de Deus” pelo fato de que o próprio Deus se expressou nele, de Deus ter apresentado nele uma réplica de seu ser, sua imagem diante de si, de que por meio dele Deus proporcionou origem e alvo ao universo e à riqueza que abrange coisas visíveis e invisíveis. Obviamente ninguém é capaz de “entender” isso. Quem ousaria captar os mistérios últimos de Deus! Mas na realidade todo o evangelho repousa sobre o fato de que em Jesus está conosco aquele que veio do coração do Pai. Para Paulo esse mistério é tão inteiramente verdadeiro que ele não o explica nem interpreta, somente dizendo uma breve palavra acerca dele: “existindo em forma de Deus”. No entanto não cabe compreender a “forma” como oposta ao “ser”. O termo grego morphé expressa justamente a “essência”. Jesus era partícipe do “jeito” de Deus. Bela é a formulação de Lutero: “O Filho do Pai, Deus por natureza…”
Agora, porém, Paulo se torna eloquente! Não cabe penetrar nos insondáveis mistérios do ser de Deus, mas no coração, no “pensar” de Jesus. Maravilhoso: enquanto toda a doutrina da Trindade da igreja só consegue fazer tentativas de delinear (e no máximo com termos negativos) os mistérios da natureza de Deus, mas sem aproximá-la de nosso entendimento – aqui podemos compreender! O que constatamos no coração do Filho de Deus? Como ele se apercebe de sua existência divina? Todos conhecemos em nós mesmos o doce sentimento de enlevo com o qual nos damos conta de nossos dons e capacidades, de nossa posição e nossa influência. Sabemos que consideramos tudo como nossa propriedade, agarrando-a a defendendo-a com tenacidade. Sendo o Filho, a partir de Deus, fundamento e alvo de todas as coisas, como ele deve refestelar-se nisso, como ele deve desfrutá-lo, exercendo seus direitos de soberania! Sim, temos uma noção do que significa o fato de que o olhar para dentro do coração do Filho revela algo completamente diferente: “Ele, existindo em forma de Deus não considerou um roubo ser igual a Deus.”
Meditou-se muito sobre a curiosa expressão “não considerou um roubo”. O termo em si pode referir-se tanto ao ato de roubar quanto ao produto do roubo, os despojos, ou ainda, em sentido mais brando, também a um presente do acaso, a um achado de sorte. Os dois últimos significados resultariam no seguinte sentido nesta passagem: Jesus não considerava o “ser igual a Deus”, a existência em forma de Deus, como algo que tivesse de ser segurado e aproveitado como um roubo ou como uma coincidência. Essa acepção já é suficiente para nos atingir de forma poderosa: agarramos, dilapidamos e usufruímos nossa vida e nossa sorte realmente como um “roubo”. No entanto, será que esse texto e a estranha escolha da expressão não são também iluminados por uma luz muito diferente se levarmos em conta que Paulo conhecia bem o sedutor que havia tentado os humanos no paraíso com o “ser igual a Deus”, pois esse desejo violento e rebelde ardia também em seu próprio coração? Satanás de fato considerava um roubo ser igual a Deus! Sob essa ótica a primeira frase deste texto já teria em vista a história da salvação no tocante à primeira queda e ao arqui-inimigo. Afinal, toda a trajetória de Jesus descrita por Paulo tornou-se necessária somente por causa da queda do ser humano e por sua profunda miséria. O causador dessa queda, que foi enfrentado pelo próprio Miguel com um “Quem é como Deus?!”, o arqui-inimigo que tentou roubar para si e usurpar o “ser igual a Deus”, é combatido pelo anulador da queda, o Filho, que era legítimo proprietário da forma de Deus e não a transformou em “roubo”, contrastando radicalmente com o pensamento mais íntimo do inimigo. Para ele, ser igual a Deus é puro presente do amor. A cada instante ele encara este presente como dádiva maravilhosa de forma tão pura e integral, que o seu próprio desejo é possui-la somente nessa mais íntima das liberdades, que não levanta a menor “reivindicação” por ela e não procura apegar-se a ela com todas as forças. Ó íntima mentalidade do coração do Filho de Deus, como te admiramos! Prostramo-nos diante de ti! De ti brotou tudo o que vemos diante de nós em tua obra temporal. Essa mentalidade é a luz julgadora sob a qual nos compete colocar nosso próprio coração. E mais: a obra do Filho é exatamente que sejamos purificados da mentalidade satânica, que nos infesta, e inseridos nesse pensamento de Jesus. “Tende consideração em vós por aquilo que também (havia) em Jesus Cristo!”É assim que eles, os “santos em Cristo Jesus” em Filipos, podem conviver uns com os outros, de modo que ninguém mais, em seu coração, considere como roubo a posição, a capacidade ou a propriedade que tem, de maneira medrosa ou impertinente.
 
Comentário Esperança - Werner de Boor - pietista Fp 2.7.
O “pensar” que habitava o coração do Filho não permaneceu oculto ali, mas manifestou-se como ação, uma série de ações. Ele “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de escravo”. O começo de tudo foi a obra do arqui-inimigo, que levou para o mundo sua rebelião satânica contra Deus, que fez com que o ser humano caísse, arrastando assim toda a criação para uma nefasta miséria. Neste trecho, porém, Paulo não diz nada disso. Seu olhar dirige-se exclusiva e integralmente para o agir de Jesus em si, que é visto unicamente em sua relação com Deus. Isso é muito salutar para nós, que, por natureza e egoistamente, consideramos Jesus apenas como “nosso” Salvador, sempre aquilatando somente o que seu agir renderá para nós, esquecendo-nos por isso que ele era o “Filho” cujo amor foi devotado primeiro ao Pai e tinha em vista primeiramente o direito de Deus, a honra de Deus e a causa de Deus. Também nesse aspecto deixemo-nos envolver pelo pensamento que havia em Jesus Cristo, acompanhando o raciocínio de Paulo, com a ajuda iluminadora do Espírito Santo!
Entretanto – será que um pobre pecador seria capaz de ler tudo isso sem ao mesmo tempo ouvir nas profundezas de seu coração quebrantado e admiravelmente ditoso em tudo o “Por tua causa!”, “Por tua culpa!”, “Por ti!”? O exemplo de Jesus não se torna eficaz somente pelo fato de que nós, miseráveis, orgulhosos, desobedientes, estamos envolvidos nessa história de Jesus, porque ele a sofreu por nós? Porém, com toda a certeza Paulo não pretende nos lembrar disso. Ele não é um teólogo de abstração, que ao mencionar a morte de Jesus na cruz seria capaz de repentinamente se esquecer de tudo o que sempre anunciara sobre o significado salvador dessa morte. Um pecador na verdade somente é capaz de ler esses versículos da carta aos Filipenses de joelhos, agradecendo àquele que trilhou esse caminho para sua salvação. Mas justamente então podemos nos alegrar em adoração pelo fato de que nosso Redentor é o Filho de Deus, cujo relacionamento com Deus, conforme mostrado aqui por Paulo, constitui o fundamento imprescindível de nossa redenção.
Em nós pode haver um profundo abismo entre o que pensamos e como agimos. É essa a nossa miséria que Paulo descreveu em Rm 7.14 ss. Não vemos nada desse abismo em Jesus. Seu pensamento torna-se ação integral. Ao abrir mão de tudo, comprova que não considera nada do que o amor de Deus lhe concedeu como “roubo”; ele abre mão de tudo de forma tão completa que adquire a “figura de um escravo”, a quem não pertence nada, nem mesmo seu próprio corpo e sua própria vida. Não deixa de ser relevante notar que Paulo não tenha escrito “assumiu figura de escravo esvaziando-se”, mas: “esvaziou-se, assumindo forma de escravo”. O “despojar-se” é o processo fundamental e decisivo que tornou realidade o “não considerar um roubo”. Aceitar a figura de escravo apenas caracteriza a profundidade à qual o esvaziamento chegou. Talvez devêssemos dar preferência à tradução literal e rude “tornou-se vazio” ou “tornou-se em nada” em lugar da expressão “ele se esvaziou”, que já se tornou “bela” e “edificante” pelo longo costume cultual. É assim, portanto, que precisamos ver Jesus, o ser humano Jesus na terra! “Homem-Deus” não é a mesma coisa que “metade humano, metade Deus”. Jesus na verdade não é um filho de deuses disfarçado, que “na realidade” esconde puro ouro e prata debaixo de seu precário invólucro. Sem dúvida persiste o fato incrível sem o qual não haveria salvação para nós e o mundo: esse ser humano Jesus é Deus! Embora a expressão grega “morphé de Deus” e “morphé de um escravo” sugira essa associação no nosso idioma, não há nenhuma “metamorfose” nesse processo. Não se trata de “transformação” de “substâncias”. A tradução “embora tenha estado em forma divina” não nos deve levar a equívocos. “Existir em forma de Deus” é algo eterno e imperdível em si mesmo. Mesmo sobre o ser humano Jesus na caminhada da paixão, e justamente ali, paira a afirmação divina “Este é meu Filho amado, no qual me comprazo”.
Mas a divindade tampouco foi revestida do invólucro irrelevante da humanidade. Há seriedade total na encarnação. Por isso Paulo acrescenta“tornando-se em semelhança de humanos” e “reconhecido em estatura como humano”. O termo grego para “tornar-se” possui múltiplos sentidos. Pode expressar simplesmente: “veio a ser um ser humano igual a outros” (Heinzelmann). Mas também tem a conotação de “vir, apresentar-se”, de forma que significaria: “apresentou-se em figura humana” (Weizsäcker).E por fim também se refere especificamente ao nascimento: “nascido à imagem dos humanos” (Schlatter)! As três traduções mostram como pode ser difícil captar e reproduzir corretamente as palavras gregas. Não é possível chegar a uma decisão meramente por razões lingüísticas. Mas, independentemente da versão escolhida, precisamos enxergar o ser humano Jesus em toda a sua existência na terra dessa forma: esvaziado, “figura de Deus” em “figura de um escravo”. Isso não pode ser captado com a razão, aqui fracassam todas as categorias da “doutrina das duas naturezas”. A “figura de Deus” e a “figura do escravo humano” estão simultaneamente presentes em Jesus. Não do ponto de vista da “substância”; somente conseguiremos começar a entender isso usando figuras, p. ex., imaginando um pai que, ao lidar com o filho, “existindo na qualidade de adulto se esvazia e assume o modo de ser de uma criança”. Podemos declará-lo somente por meio da mais audaciosa contradição mental: a verdadeira divindade de Jesus é justamente despir-se de toda a “divindade” e escolher a figura de escravo. É justamente disso que é capaz somente quem é participante do poder criador de Deus: para qualquer outro isso seria um mero jogo de “disfarce”. Contudo, o que não pode ser “imaginado” apesar de tudo aparece diante de nós com toda a simplicidade e constantemente cativa o coração que adora e canta na igreja de todos os tempos. É assim que a criança jaz na manjedoura: ele, existindo em forma de Deus – uma indefesa e frágil criança como todos os filhos humanos, totalmente esvaziada de qualquer soberania e magnitude, precisando de fraldas. É assim que ele aparece na tentação: será que o Filho de Deus precisa sofrer fome? Sim, porque um escravo não se serve de pão, mas possui somente o que seu senhor lhe dá. É assim que ele se mostra em seu serviço: “O Filho não pode fazer nada por si mesmo” e “Essa é minha comida, que eu faça a vontade daquele que me enviou e conclua a obra dele”Por isso não veio como “senhor” para que lhe servissem, mas para servir e render sua vida. Por isso realiza a pequena obra na terrinha da Palestina em meio ao obstinado povo de Israel, deixando que o sobrecarreguem com todos os fardos da miséria humana. Por isso pende da cruz, privado das roupas, mãos e pés pregados, totalmente esvaziado, totalmente escravo, a quem não pertence nem mesmo o próprio corpo, em impotência absoluta, presa indefesa das dores e da morte – ele, que detinha o poder e a glória de Deus.Contudo, somente por isso essa vida humana e essa morte são algo totalmente diferente dos inúmeros destinos sofridos que seres humanos suportam neste terrível mundo. Essa vida humana, essa existência de escravo e essa morte foram escolhidas livremente por aquele que dispunha do direito de ser igual a Deus. Por isso ela é a glorificação do Pai por meio do Filho, por isso ela é minha salvação e a redenção do mundo inteiro.
Diante disso, porém, será que haveria pessoas em Filipos que deveriam doar, ceder, tornar-se humildes, mas que declarariam: “Não se pode exigir isso de mim. Isso é demais para minha boa vontade!”? Será que qualquer um deles, Paulo ou os filipenses, ainda pode reivindicar quaisquer direitos no serviço a esse Jesus? “Esvaziar-se”, renunciar, tornar-se pequeno – será que ainda seria difícil agir assim depois de ouvir acerca desse Jesus e da forma com que ele abriu mão do que tinha: passando da forma divina para figura de escravo? Será que esse incrível salto para as profundezas poderia ser comparável ao salto de um pecador perdido e condenado para se tornar escravo desse Jesus? Se em algum momento houver problemas com a concórdia e comunhão dos irmãos porque alguma coisa ainda está sendo retida, então Jesus ainda não foi corretamente apreendido. É justamente por isso, não para escrever capítulos de uma obra doutrinária, que Paulo mostra Jesus aos filipenses.
 
 
Comentário Bíblia Pentecostal
2:5 HAJA EM VÓS O MESMO SENTIMENTO.  Paulo enfatiza como o Senhor Jesus deixou a glória incomparável do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até à morte para o benefício dos outros (vv.5-8). A humildade integral de Cristo deve existir nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.
 
2:6 SENDO EM FORMA DE DEUS.  Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1.1; 8.58; 17.24; Cl 1.15,17; ver Mc 1.11 nota; Jo 20.28 nota). Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.
 
2:7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS.  Para trechos na Bíblia que tratam de Cristo assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (vv. 7,8; Hb 4.15).
 

Bíblia de Estudo NTLH

 2.5  o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha  Mc 10.42-45 .

  Fp 2.1-11  Os cristãos precisam ser unidos não apenas na luta contra os inimigos que estão fora da igreja ( 1.27-28 ), mas também na vida dentro da Igreja ( 2.2-4 ). Paulo apela para aquilo que os cristãos, em sua união com Cristo, já são e têm: eles são fortes, o amor de Cristo os anima, eles participam do Espírito de Deus, são bondosos e misericordiosos (v.  1 ). Ao lado disso, apresenta o exemplo de Cristo Jesus (vs.  6-11 ). Muitos enxergam nestes versículos (vs.  6-11 ) um hino de louvor cantado pelos cristãos daquele tempo (ver textos semelhantes em  Jo 1.1-18 ;  Cl 1.15-20 ;  Hb 1.1-4 ). Sendo um hino ou não, o fato é que esses versículos falam sobre Jesus antes da sua vinda para o mundo (vs.  6-7 c), sobre a sua vida de humildade e obediência a Deus (vs.  7d-8 ) e sobre a sua ressurreição e exaltação (vs.  9-11 ).
  2.6  Ele tinha a natureza de Deus  Jo 1.1-2,18 ;  Cl 1.15,19 ;  2.9 .  não tentou ficar igual a Deus  Ou “não tentou continuar sendo igual a Deus”.
  

Comentário Moody Fp 2.5-11.

O Supremo Exemplo da Auto-renúncia. 2:5-11.
Paulo cita um hino da igreja primitiva, o qual descreve eloquentemente a divina condescendência de Cristo em Sua encarnação e morte, a fim de reforçar seu apelo por uma vida altruísta e sacrificial. (Para um exame atual e excelente dessa muito discutida passagem, cons. V. Taylor, The Person of Christ, pág. 62-79). A interpretação que se segue apresenta um contraste básico entre os dois Adões, e compreende o "auto-esvaziamento" de Jesus em termos do Servo Sofredor (cons. A.M. Hunter, Paul and His Predecessors, pág. 45-51, para ver uma apresentação competente deste modo de encarar o assunto). Se nos lembrarmos que a linguagem de 2:5-11 é poética, não de teologia formal, muitos dos problemas que surgiram por causa das especulações kenóticas (lit. esvaziar-se), ficarão devidamente dentro do prisma da irrelevância quanto aos ensinamentos essenciais da passagem.
5. O mesmo sentimento. Melhor, Mantenham essa íntima disposição uns para com os outros que foi exemplificada (o verbo tem de ser suprido) em Cristo Jesus.
6. Subsistindo em forma de Deus. Melhor, Embora no seu estado pré-encarnado possuísse as qualidades essenciais de Deus, ele não considerou o seu status de divina igualdade um prêmio a ser egoisticamente entesourado(tomando harpagmos passivamente)Morfê, forma, nos versículos 6 e 7 denota uma expressão permanente de atributos essenciais, enquanto skêma, forma (v. 8), refere-se à aparência externa que está sujeita à mudança.
7. Antes a si mesmo se esvaziou. Ekenôsen não tem a intenção de falar do sentido metafísico (isto é, que ele tenha se despojado de seus atributos divinos), mas é uma "expressão pitoresca da totalidade de Sua auto-renúncia" (M.R. Vincent, A Critical and Exegetical Commentary on the Epistles to the Philippians and to Philemon, pág. 59). Observe a alusão feita a Is. 53:12, "porquanto derramou a sua alma na morte". Cristo esvaziou-se assumindo a forma de servo. (o uso de morfê, forma, aqui, indica a veracidade de sua posição de servo), tornando-se em semelhança de homens. Ao contrário do primeiro Adão, que fez uma tentativa frenética de alcançar posição de igualdade com Deus (Gn. 3:5), Jesus, o último Adão (I Co. 15:47), humilhou-se e obedientemente aceitou o papel de Servo Sofredor (cons. a contribuição de R. Martin em ExpT, Março de 59, pág. 183 e segs.).
8. O ato da humilhação voluntária não parou na Encarnação, mas continuou até as profundezas ignominiosas da morte pela crucificação. A omissão do artigo diante de staurou, cruz, enfatiza a natureza vergonhosa da morte – e morte de cruz. (Com relação à opinião dos romanos quanto à crucificação, cons. Cícero In Verrem 5.66). A si mesmo se humilhou. Ele pôs de lado todos os direitos pessoais e Seus interesses a fim de assegurar o bem-estar dos outros.
9. Como consequência, Deus o exaltou sobremaneira (a Ascensão e Sua glória concomitante), e lhe deu o nome que está acima de todo nome (ou deve ser SENHOR, kurios, o nome no V.T. usado para Deus; ou deve ser entendido no sentido hebraico, indicando posição e dignidade). Os versículos 9-11 correspondem aos versículos 6-8, e são os que melhor se encaixam, no presente contexto (a exortação interrompida continua em 2:12), como o final do hino originalmente citado por causa da força de sua primeira estrofe.
10. Baseando-se em Is. 45:23, onde o Senhor profetiza que uma adoração universal lhe será dada um dia, o autor escreve que no nome de Jesus (não ao, o que poderia sugerir genuflexão mecânica à menção do nome, mas em relação a tudo o que o nome representa) a totalidade dos seres racionais criados lhe prestarão a devida homenagem. Nos céus, na terra e debaixo da terra é uma expressão de universalidade e não deve ser forçada a apoiar elaboradas teorias de classificação.
11. O verbo composto traduzido para confesse (exomologeô) pode significar "confessar com ação de graças" – embora isto poderia parecer estranho se toda a língua inclui os perdidos além dos salvos. Jesus Cristo é Senhor é o mais antigo credo da igreja primitiva (cons. Rm. 10:9; I Co. 12:3). O Senhorio de Cristo é o âmago do Cristianismo.
 
 
Mil Esboços Bíblicos
A MORTE DE CRISTO. FP. 2:8.
1. O tema central de toda Escritura Sagrada. 1 Co. 15:3.
2. Ela realizou-se segundo o propósito de Deus. Gn. 3:15; Êx.
12:3ss.; Ap. 13:8.
3. Sua finalidade foi a reconciliação do mundo. Cl. 1:20.
4. A morte do Senhor foi necessária para a nossa salvação. Mt. 16:21.
5. Ela efetua a propiciação de todo pecado. 1 Jo. 2:2.
6. E incompreensível ao homem natural. 1 Co. 1:23.
7. Seu efeito:
a) Satisfez a Deus plenamente. Fp. 2:8-1 1; Ef. 5:2.
b) Glorifica ao Senhor. Jo. 12:23,24,32,33.
c) Satanás foi vencido eternamente. Cl. 2:15; Ap. 12:10,11;
Hb. 2:14.
d) A lei foi cumprida. Ef. 2:15; Cl. 2:14; Rm. 6:14.
e) Fomos justificados. Rm. 5:9; 8:3; Hb.2:17; 10:19.
 
Filipenses 2.8 
14-jan-2014 Comentário Esperança - W B
Ao prosseguir Paulo diz: “E reconhecido em atitude como humano, humilhou-se a si mesmo, tornado obediência até a morte, mas à morte da cruz”. Torna-se completamente impossível ignorar a relação desse agir de Jesus com o evento do trágico pecado. É verdade que aqui tampouco é dita uma palavra clara a esse respeito. Primeiramente é o amor filial de Jesus que brilha aqui com seu fulgor próprio e soberano. O Filho deseja mostrar ao Pai: Pai, tu me elevaste tanto e me presenteaste tão ricamente. Aconchegaste-me ao teu coração quando brotei do teu coração, concedeste-me a igualdade contigo – Pai, justamente por isso desejo dedicar a ti toda a perfeita obediência, a obediência capaz até mesmo do impossível: morrer a morte sem Deus, a morte de um maldito na cruz! Precisamos ter em vista que para a Bíblia “morte” não é simplesmente um evento natural, mas um poder, um “inimigo”, a esfera de poder de Satanás (1Co 15.26; Hb 2.14; Ap 20.14). Foi nesse reino da morte que o príncipe da vida penetrou submissamente.Certamente faremos bem em primeiramente nos aquietar e contemplar silenciosamente esse amor filial de Jesus. Até mesmo no eterno Filho de Deus o amor do coração somente é consumado na realização do ato. “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). Ao mesmo tempo, porém, não somos nem mesmo capazes de ver tudo isso sem imediatamente reconhecer sob essa luz também o pecado em sua forma cabal. Pecado é desobediência! Pecado é a autonomia arrogante que se contrapõe a Deus: quero ter minha própria vida, não quero obedecer, quero seguir minha própria vontade. “Dá-me, Pai, a parte dos bens que me cabe”. Ou, potenciado à máxima insolência: nem mesmo existe um “Pai” que tenha algo a me dar, tudo é simplesmente meu! A primeira desobediência no paraíso desencadeou a avalanche da desobediência, aquela avalanche de desgraças, de trevas e sofrimentos que chamamos de “história universal”. Cada pecado individual volta a ser desobediência, os menores pecados são desobediência, aumentando essa avalanche e sendo arrastados por ela. Deus fala, Deus adverte e suplica. Eu, porém – não quero! Essa é a dor do Filho que ama o Pai: Pai, como te desonram com sua desobediência devota ou insolente, todos eles, todos! Pai, deixa-me restabelecer a tua honra! Quero espontaneamente demonstrar que obedeço a ti como um escravo obedece a seu senhor. Pai, ordena-me o mais terrível. Pai, diante de todos os anjos e diante dele, o autor de toda desobediência contra ti, eu serei obediente! “Humilhou-se, pois, a si mesmo, feito obediência até a morte, porém, à morte da cruz”.
Por essa razão o perdão chega a nós, desobedientes e rebeldes, por meio dele. Quem se rende ao Filho obediente, quem se torna membro no corpo desse cabeça, a esse Deus pode absolver. Por isso, no entanto, também é impossível parar na mera “justificação forense”, uma absolvição apenas formal. Quem se entrega a ele, a esse ele torna obediente. Mais adiante Paulo retomará esse ponto.
 
 
Filipenses 2.9 
14-jan-2014 Comentário Esperança -W B
9-11 Agora, porém, ele novamente deixa tudo isso de lado. Primeiro acrescenta um “por isso” bem diferente: “Por isso Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus „todo joelho se dobre‟, dos celestiais, dos terrenos e dos subterrâneos, e „toda língua confesse‟ que Senhor (é) Jesus Cristo, para glória de Deus, o Pai.” O Filho demonstrou ao Pai todo o amor e consequentemente toda a obediência. Deus aceitou isso, esperando de seu Filho amado o ato extremo. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou”, entregou-o ao ponto de abandoná-lo na cruz. Mas justamente por isso o fim não podia e não foi esse. Ao profundo amor de entrega do Filho corresponde o poderoso e sublimatório amor do Pai. A trajetória de Jesus levou-o à extrema profundeza, agora ela o eleva à maior altura. Jesus, que se tornou vazio e nada, agora recebe a plenitude. Tornou-se escravo, agora passa a ser Senhor. Renunciou a todos os direitos e toda a honra, agora todo joelho terá de curvar-se diante dele e toda língua terá de reconhecer sua honra.
Recordamos: “por isso Deus também o exaltou”. No entanto, Paulo escreveu: “exaltou excessivamente”, elevou à altura máxima. Isso não é somente uma expressão de intensidade, da forma como nós às vezes empregamos as formulações vigorosas, particularmente no linguajar religioso. Paulo quer dizer exatamente o que está dizendo. Torna-o explícito de forma quase assustadora.
Deus concede a Jesus “o nome acima de todo nome”. A princípio isso não diz nada. “Nome é ruído e fumaça”, exclamava o Dr. Fausto, de Goethe, com uma sensibilidade tipicamente moderna. Hoje nomes são questão de moda e não significam mais nada para nós. Qual é a “Renata” que se lembra de que se chama “Renascida”? Até mesmo se entendermos “nome” como “título” – como o mundo moderno abusou de títulos! Hoje “general”, amanhã “delinqüente”, depois de amanhã “mártir” e no dia seguinte novamente esquecido – nesse vaivém, o que, afinal, de fato tem validade? Não obstante percebemos ainda aqui e acolá que também para nós o “nome” pode sintetizar toda a essência. Para o velho viúvo solitário, o nome feminino comum de sua esposa descortina um mundo de amor e fidelidade, uma vida inteira rica, plenamente vivida! Um grande nome da História é capaz de desencadear reações significativas até hoje. É óbvio, porém, que todos os nomes humanos são pequenos, tendo um âmbito de vigência limitado no tempo e no espaço.Resta perguntar se também Deus os reconhece e os “anota no céu”, conferindo-lhes perenidade. A Jesus, porém, ele concedeu o “nome acima de todo nome”, ou seja, o nome no qual todo o conteúdo e vigor que sentimos parcialmente em um ou outro nome foi consumado e se tornou presente para o universo e para todas as eras. Paulo não diz que Deus teria atribuído a Jesus um novo título, de nível superior. Assim agem os poderosos deste mundo para honrar os que lhes servem. No caso de Jesus, porém, Deus agiu de forma muito mais gloriosa: exatamente esse “Jesus” é agora o “nome acima de todo nome”! Isso se evidencia pela continuação: “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho.”
Por essa razão não temos motivos para acompanhar aqueles na igreja que consideram o nome de Jesus insignificante e acreditam que devem preferir falar de Jesus com títulos litúrgicos ou teológicos. O nome, que o próprio Deus transformou em nome acima de todo o nome, também pode ser tranquilamente o nome maior, mais sublime e mais belo. Afinal, a igreja experimenta repetidamente: justamente quando tudo está em jogo, quando a autoridade da igreja é capaz de libertar pessoas da culpa ou fortalecê-las na enfermidade, quando ela precisa passar pela mais árdua batalha, quando precisa opor-se aos poderes das trevas e libertar seres humanos de laços diabólicos, então caem por terra todas as expressões litúrgicas e títulos dogmáticos, então é no singelo nome de Jesus que reside exclusivamente todo o poder e a vitória. Agora a igreja começa a experimentá-lo. Virá, contudo, o dia em que esse começo será concluído com magnitude imensa. Então esse nome “Jesus” fará com que todo o joelho se dobre. Paulo acrescenta expressamente: “dos celestiais, dos terrenos e dos subterrâneos”. Não haverá exceção. Os habitantes do mundo celestial, a multidão infindável dos anjos, já fazem isso agora com alegria e hão de fazê-lo muito mais quando o mistério que desejam perscrutar (1Pe 1.12), o mistério de toda essa trajetória do Filho, aparecer limpidamente diante deles. Os “subterrâneos”, na medida em que isso se refere a poderes demoníacos, igualmente também já temem o nome de Jesus, como já ficou explicito nos evangelhos (Mc 1.23-26; etc.) e como a igreja de Jesus pôde experimentar em todas as épocas. Com “subterrâneos” Paulo provavelmente deseja referir-se aos moradores do reino dos mortos. Bilhões de pessoas passaram por esta terra e morreram sem ter conhecido Jesus. Todas elas o conhecerão, todas dobrarão o joelho diante dele. E os “terrenos” são as pessoas sobre esta terra, os grandes, famosos, e os pequenos, desconhecidos. Atualmente milhões ainda não sabem nada a respeito de Jesus, milhões o rejeitam, desprezam, ridicularizam ou odeiam, porém esses milhões hão de se ajoelhar diante dele, todos, sem exceção! Então não será possível evitar que esse curvar dos joelhos seja muito diferente. Com que júbilo e beatitude se ajoelharão diante de Jesus aqueles que se deixaram salvar por ele, que por isso o amaram e viveram para ele! Com que pavor cairão de joelhos aqueles que passaram orgulhosamente por ele ou o combateram!
Que imagem Paulo faz surgir diante de nós: todo o imenso universo, com todos os seus habitantes, em uma única reunião gigantesca de joelhos diante de Jesus! Esse é o verdadeiro alvo da esperança bíblica e de toda esperança de futuro autenticamente cristã. Agora entendemos muito bem com que facilidade ambas as coisas se unificavam para Paulo: a esperança pessoal para sua morte e o apego à grande escatologia de abrangência cósmica. Se já deixou em segundo plano seu desejo pessoal “de partir e estar junto de Cristo”, em vista da perspectiva do “fruto do trabalho”, do serviço a suas igrejas, quanto mais não o consideraria cabalmente ínfimo e desimportante quando está em jogo a glória de seu Senhor Jesus e, por conseguinte, a glória de Deus, o Pai!
Para Paulo, pessoalmente, morrer e estar junto de Cristo certamente é “muito melhor”. Mas na realidade ele não vive para si e sua própria felicidade. Vive para Jesus, o Filho de Deus, que o amou e a si mesmo entregou por ele. Por essa razão seu coração anseia poderosamente, além da felicidade pessoal junto de Cristo, por aquele dia em que Jesus, o Crucificado, o ignorado e desprezado, receberá a adoração de todos os joelhos e lábios do universo. “Partir para o lar, entrar na felicidade eterna – que maravilhosa palavra!” Sim, com toda a certeza. Porém de forma alguma mereceríamos o amor que ele investiu em nós se nos contentássemos egoisticamente com ele e encerrássemos nossa esperança e expectativa nesse ponto! Também o coração da igreja de hoje deve acender-se novamente com tal intensidade que nenhuma bem-aventurança pessoal a satisfaça, pelo contrário, que todo seu anelo vise atingir aquela hora em que o Pai conceder ao Filho a glória mais que suprema diante dos olhares de todos.
Ainda mais poderosa se torna a gravidade desse “Deus o exaltou sobremaneira”. Afinal, a palavra de que todo joelho se dobrará e a sua continuação referente à confissão que toda língua fará, é uma citação do AT. Mas, ao conferirmos a palavra em Is 45.23 descobriremos que ali ela se refere ao próprio Deus! É um juramento de Deus, no qual Deus declara acerca de si mesmo: “Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.” Aquilo que o Deus eterno e vivo, o Deus da aliança, Javé, reivindicou para si mesmo, ele dedica agora a Jesus! Por isso não há como captar o conteúdo desse “jurar”, dessa exaltação, desse “confessar”, desse Kyrios Iesus Christos de outra maneira que não entendendo kyrios como aquele “Senhor” com a qual a tradução grega da Bíblia [LXX] reproduziu o nome hebraico de Deus “Javé”. Portanto, o que o coro de milhões de vozes e línguas de todo o universo confessa é: “Javé Jesus Cristo”! Tudo o que Deus fez, faz e fará como “Javé”, o Deus da aliança, aquele que institui a comunhão com os humanos, tudo isso foi entregue a Jesus! Agora todos o descobrem e reconhecem: todo o amor de Deus aos seres humanos, toda a graça que Deus jamais demonstrou, toda indulgência, toda paciência com um mundo pecador – tudo repousa exclusivamente em Jesus, no esvaziamento, serviço e obediência de Jesus, e aconteceu unicamente por causa dele.
Será que a glória do próprio Deus não é obscurecida assim? Afinal, é isso que muitos temem na igreja quando a comunidade de Jesus exalta e adora esse único nome. Mas Paulo declara: é assim que a glória de Deus é posicionada na mais clara luz! Porventura algo que o próprio Deus realiza poderia “obscurecer” a Deus?! Sim, se Jesus tivesse lutado pessoalmente por essa posição e honra, ou até mesmo as tivesse usurpado, então Deus evidentemente teria sido “suplantado”. Era isso que o arqui-inimigo queria. Porém o Jesus “exaltado sobremaneira” na verdade é precisamente aquele que por amor ao Pai tornou-se a si mesmo vazio e nada, o Filho que foi obediente ao Pai, obediente até a morte maldita na cruz. Como poderia haver o menor vestígio de “prejuízo” para o Pai em sua exaltação? Tudo o que Jesus possui agora é pura dádiva. Ao descrever a concessão do nome acima de todo nome Paulo propositadamente deixou de usar a palavra “dado”, mas utilizou um termo que destaca toda a característica do presente concedido por soberana graça. O que poderia honrar mais ao Filho do que “não considerar um roubo ser igual a Deus”, mas comparecer perante o Pai em figura de escravo, servindo e obedecendo? O que pode honrar mais ao Pai do que presentear o Filho obediente com todas as honras, com amor e superabundância divinos, elevando-o à sua direita no trono: Javé – Jesus?
Desse modo Deus revela a seus inimigos, a todos os anjos, a toda a humanidade e, logo, também aos filipenses, que ninguém que enveredar para Deus pelo caminho do esvaziamento, da obediência e do serviço será prejudicado. O filipense que prontamente ficava em segundo plano em relação aos irmãos, que gostava de realizar o serviço humilde e inexpressivo, que de bom grado abria mão de seu “direito” e sua “honra”, pode olhar para Jesus e ficar completamente despreocupado: justamente nesse caminho Deus presenteia com graça abundante!

 

Comentário da Bíblia de Estudo NTLH Fp 2.10

2.9  o mais importante de todos os nomes  O nome de “Senhor” (v.  11 ). Na Septuaginta, o nome hebraico de Deus,  Javé  (ver  Sl 110.1 , n.), foi traduzido por “o Senhor”. Este é o nome que os primeiros cristãos deram a Jesus ( Mc 1.3 ;  At 2.34-36 ;  1Co 12.3 ;  Hb 1.4 ).
   
2.10  as criaturas no céu  Anjos e outras autoridades e poderes celestiais ( Ef 1.21 ;  1Pe 3.22 ).  no céu, na terra e no mundo dos mortos  Isto é, em todo o Universo.  caiam de joelhos  Em  Is 45.23 , conforme a tradução da Septuaginta (ver  Rm 14.11 , n.), se afirma que todos se ajoelharão diante do Senhor e afirmarão que ele é Deus. Aqui, Paulo anuncia que a mesma adoração será dada a Cristo.
  
 
Livro Mil Esboços Bíblicos
A MORTE DE CRISTO. FP. 2:8.
1. O tema central de toda Escritura Sagrada. 1 Co. 15:3.
2. Ela realizou-se segundo o propósito de Deus. Gn. 3:15; Êx.
12:3ss.; Ap. 13:8.
3. Sua finalidade foi a reconciliação do mundo. Cl. 1:20.
4. A morte do Senhor foi necessária para a nossa salvação. Mt. 16:21.
5. Ela efetua a propiciação de todo pecado. 1 Jo. 2:2.
6. E incompreensível ao homem natural. 1 Co. 1:23.
7. Seu efeito:
a) Satisfez a Deus plenamente. Fp. 2:8-1 1; Ef. 5:2.
b) Glorifica ao Senhor. Jo. 12:23,24,32,33.
c) Satanás foi vencido eternamente. Cl. 2:15; Ap. 12:10,11;
Hb. 2:14.
d) A lei foi cumprida. Ef. 2:15; Cl. 2:14; Rm. 6:14.
e) Fomos justificados. Rm. 5:9; 8:3; Hb.2:17; 10:19.
 
Livro Mil Esboços Bíblicos
A GLÓRIA POSTERIOR. I PE. 1:11.
A carta aos Filipenses contém uma divisão idêntica entre o
sofrimento e a glória posterior. Fp. 2:5 -8 e 9-11. A glória de
Cristo é a recompensa para o sofrimento suportado, e é ainda
mais multiforme do que o sofrimento.
Ela mostra-se:
1. Na Sua vitória sobre os inimigos.
Como o sofrimento de Cristo começou na manjedoura, assim
também se revelou a Sua glória durante o Seu ministério público,
mas, especialmente na cruz pelos acontecimentos milagrosos que
ali ocorreram. A terra tremeu, as rochas fenderam-se, a cortina do
templo rasgou, as sepulturas abriram-se, o centurião e o malfeitor
declararam-nO como Filho de Deus e Rei de Israel.
2. Na Sua ressurreição.
a) Ela foi um ato de Deus. At. 2:24; Rm. 1:4.
b) Um golpe no rosto dos inimigos.
c) A aceitação visível do Seu sacrifício. Rm. 4:25.
3. Em Sua ascensão ao céu.
a) Ela foi o retorno de Jesus para a glória. Lc. 24:50-53.
b) É exemplo da nossa subida ao céu.
4. Em Sua posição como Mediador.
a) Foi elevado a Príncipe e Salvador. At. 5:31.
b) Atua agora como o grande Sumo Sacerdote. Hb. 4:14-16.
c) Foi feito Senhor e Cristo. At. 2:36.
d) Agora ocupa o lugar mais elevado. Hb. 8:1.
e) É o herdeiro de todas as coisas. Hb. 1:2.
5. Em Sua vitória final.
a) Ele vencerá sobre grandes multidões. Is. 53:12.
b) É o cabeça de Sua igreja. Cl. 1:18.
c) Todo Israel será salvo por Ele. Rm. 11:26.