Curso Básico de Teologia (Livre)

Prof. Márcio Ruben



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TEOLOGIA PAULINA

Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben
 
Capítulo 4

Introdução Novo Testamento

Introdução
O Novo testamento é composto por 27 livros, Evangelhos, Epístolas, e narrações históricas. Seu início com os evangelhos narra o nascimento de Jesus, seu crescimento, rapidamente, e principalmente seu ministério e atuação, morte e ressurreição. Jesus nasce de forma miraculosa de Maria, agraciada pelo Espírito Santo. Ele é a Segunda Pessoa da Trindade, Deus conosco, que veio para morrer pelos pecados do mundo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é batizado por João Batista, realiza milagres em Israel, prega mensagens de amor e conforto, todavia é morto, crucificado. Porém ao terceiro dia ele ressuscitou. Cada Evangelho tem a história de Jesus focada em determinados objetivos, Mateus na lei, no cerimonial da lei, para os judeus. Cristo veio cumprir a Lei. Marcos narra de forma rápida os acontecimentos, mostra que Cristo veio para libertar e servir, uma visão característica aos romanos. Lucas mostra o Cristo próximo dos marginalizados e dos esquecidos. Ele fala muito a uma cultura grega. João narra de maneira diferente, mas com o mesmo fim dos sinóticos (3 primeiros evangelhos semelhantes), a salvação em Jesus Cristo. João narra que Cristo é o logos, o Filho do Deus Vivo. É o próprio Deus. Há uma visão universal da salvação muito mais clara. Atos dos Apóstolos narra o desenvolvimento e a atuação do Espírito Santo na Igreja. As epístolas desenvolvem todo corolário doutrinário do Novo Testamento. Paulo, que outrora foi perseguidor do Evangelho, agora se tornou pregador do Evangelho. A mensagem central das epístolas é a graça de Deus, favor imerecido. Em Apocalipse, o livro da revelação, há uma mensagem escatológica, isto é, as últimas coisas, o fim.
 
Os saduceus foram os grandes aristocratas, donos de terras, que não acreditavam na ressurreição, nem nos anjos. Os fariseus eram os religiosos que criavam tantos preceitos sobre a lei que até eles mesmos não conseguiam observar e impediam outros de encontrarem o caminho a Deus. Os Zelotes não aceitavam a dominação romana e tentavam a força se libertar de Roma. Os herodianos defendiam a dinastia herodiana no governo dos judeus. Os essênios eram grupos ascetas que viviam isolados no deserto praticando constantemente rituais de purificações. 
 
Influências no tempo de Cristo:
 Unificação dos povos pelos romanos  Pax Romana  Incentivo de atividades intelectuais pelos gregos  Grego como língua universal  Judeus aguardando o Messias  Antigo Testamento conservado pelos judeus
 
O Evangelho de Mateus
O autor era um judeu, familiarizado com a cultura, os costumes e a religião judaica; O Evangelho de Mateus possui escopo universal (2.1-12; 8.11-12; 11.28-30; 13.38; 21.43; 28.18-20), embora seja o mais vigoroso em sua apresentação apologética de Jesus ao povo judeu. O grande propósito de Mateus é demonstrar que Jesus é o Messias que cumpre todas as esperanças do AT, sendo o salvador e Rei da nação judaica e, consequentemente, do mundo inteiro. Data provável 60 d. C.
 
O Evangelho de Marcos
Segundo a tradição, João Marcos registrou “as memórias de Pedro” (1Pe 5.13). Marcos era filho de uma senhora chamada Maria, que cedia sua casa para reuniões da Igreja (At 12.12). Sendo primo de Barnabé (Cl 4.10), poderia ser também levita (At 4.36). Data provável 52 d.C. Apresentar Jesus, tanto como o Filho de Deus poderoso quanto o Servo Abnegado que sofre, compromissado com a vontade do Pai. Sendo assim, Marcos desejava que seu leitor compreendesse tanto quem Cristo é quanto o que significa ser discípulo Dele.
 
O Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos
Data 63 d.C. Pouco se sabe acerca da identidade de Lucas e de seu relacionamento com Teófilo. O relato bíblico nos informa que ele foi um fiel cooperador do apóstolo Paulo (livro de Atos, a partir de 16.10; Fm 24 e 2Tm 4.11), tendo a profissão de médico (Cl 4.10). Data 63 d. C. Em seu Evangelho, Lucas apresenta de forma detalhada as circunstâncias que envolveram o nascimento de Jesus e de João Batista, seu precursor (1-3). O ministério de ensino, pregação e milagres é descrito tendo como referência três pontos geográficos: Galileia e arredores (4.14-9.50), Judéia/Peréia (9.51-19.27) e Jerusalém (19.28-24.43). A paixão, ressurreição e ascensão marcam o ponto final do Evangelho e o ponto de partida de Atos: se 19.10 pode ser considerado o versículo chave de Lucas, o mesmo pode se dizer de 1.8 para Atos – o livro é uma descrição da obediência da Igreja à comissão dada por Seu Mestre, abrangendo as últimas instruções de Jesus (1.1-11), a escolha de Matias (1.12-26), a descida do Espírito Santo (2.1-2.21), a vida e testemunho da Igreja de Jerusalém (2.41-8.3), a expansão dos Evangelhos para além dos limites de Jerusalém, iniciando-se em Samaria (8.4-40), a conversão de Paulo (At 9.1-31), os “Atos de Pedro” (At 9.32-12.25) e, finalmente, os “Atos de Paulo” (At 13.1-28.31).
 
O Evangelho de João
Data 85 d.C. O autor foi testemunha ocular dos fatos que registrou (Jo 13.23-25; obviamente, um apóstolo), além de ser um judeu que conhecia muito bem os costumes e geografia palestinos (4.9; 7.22; 11.18) – tudo isto se encaixa com o perfil do apóstolo João, próspero pescador (Mc 1.19-20; 18.15-16), filho de Zebedeu (Mt 4.21) e irmão de Tiago (Mc 4.17). O autor deixa claro seu propósito em 20.31: levar seu leitor à fé em Cristo (ou também edificar a fé de seus leitores cristãos). Para alguns, além disso, João tinha um propósito apologético em mente ao apresentar um retrato tão minucioso da pessoa de Cristo, talvez para combater preconceitos judaicos ou heresias gnósticas.
 
A Epístola aos Romanos
Data 57. Paulo planejava ir a Roma após entregar a coleta feita em favor dos cristãos pobres de Jerusalém (At 19.21; Rm 15.25-28), tendo como próximo passo, levar o Evangelho à Espanha (15.23-24). Não foi Paulo quem fundou a igreja em Roma (provavelmente ela foi fundada por prosélitos judeus convertidos ao cristianismo no dia de Pentecostes – At 2.102), e ele estava ansioso para conhecer os cristãos romanos (Rm 1.11). Esta carta serviu como preparação à sua visita a Roma. Conteúdo: Paulo expõe o plano de salvação de Deus através do Evangelho, analisando o problema histórico do pecado da humanidade (1.18-3,20), a justificação pela fé em Cristo (3.21-5.20), os frutos que ela deve produzir (6), os conflitos espirituais (7), a vida no Espírito, (8) o mistério da rejeição de Israel (9-11) e, por fim, diversas considerações práticas (12-16).
 
1 e 2 Epístolas aos Coríntios
1 Coríntios possui grandes blocos de ensinamentos sobre temas importantes que não são tratados com tanta profundidade em outras partes da Bíblia. São eles: o crescimento da Igreja (3.1-15), a disciplina eclesiástica (5.1-12); o casamento cristão (7); dons espirituais e a unidade da Igreja (12-14) e a ressurreição do corpo (15). 2 Coríntios a epístola apresenta a tentativa do apóstolo em restabelecer a plena comunhão entre uma Igreja que, embora profundamente amada por ele (12.15), o desprezara; além de uma defesa de seu ministério, a fim de refutar quaisquer suspeitas acerca de sua pessoa e orientar os coríntios acerca de falsos mestres que ameaçavam a Igreja com seus falsos ensinos.
 
 
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A Epístola aos Gálatas
Data 55. Nos primeiros dois capítulos, Paulo defende a origem divina de seu ministério apostólico, bem como expõe o status de suas relações com a Igreja de Jerusalém: cooperação. A Igreja da Galácia estava sofrendo a influência de falsos mestres, que ensinavam a necessidade de cumprir ritos cerimoniais do AT (em especial, a circuncisão, como meio de salvação – 5.2-6). Paulo passa, então, a refutar esta tese, com argumentos históricos (a vida de Abraão – 3.6-9, 16; 4.21-31) e teológicos sobre o caráter, propósito e maldição da Lei e o caráter da salvação oferecida em Cristo através da fé. Tendo já esclarecido estes pontos, Paulo concentra-se em transmitir orientações e exortações para a conduta cristã (5.16 ss.).
 
A Epístola aos Efésios
Data 62. “Há dois temas fundamentais no NT: (1) como somos redimidos por Deus, e (2) como nós, os redimidos, devemos viver. Os capítulos 1-3 de Efésios tratam principalmente do primeiro tema ao passo que
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os capítulos 4-6 focalizam o segundo” (Donald Stamps).
 
A Epístola aos Filipenses
Data 62 d.C. Paulo saúda e ora pela igreja filipense (1.1-11), oferecendo também um relatório sobre sua prisão e suas expectativas em relação a ela (1.12-26). Exorta seus leitores à humildade e união (1.27-2.16), ao bom testemunho (1.27-30; 2.14-16), a precaverem-se contra falsos mestres (3.2-3), prosseguirem no crescimento cristão (3.12-16), à alegria (3.1; 4.4) e à paz (4.5-9). Informa aos filipenses seus planos em enviar-lhes Timóteo brevemente (2.19).
 
A Epístola aos Colossenses
Data 62 d. C. Já dentro da saudação e oração pelos destinatários (1.1-23), Paulo começa a expor o caráter da redenção efetuada por Cristo e sua preeminência como cabeça da Igreja. Aliás, a preeminência de Cristo é o tema central desta epístola, que continua sendo desenvolvido (especialmente 1.26-27; 2.2-3, 8-11, 15) para refutar a heresia que ameaçava minar a fé dos colossenses, chamada pelo apóstolo de “filosofias vãs e enganosas -
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NVI”, assegurando aos seus leitores que em Cristo eles possuíam verdadeiro conhecimento e poder para fazer a vontade de Deus.
 
1 e 2 Epístolas aos Tessalonicenses
Data 52 d.C. Paulo teve um ministério próspero, porém, conturbado e de curta duração em tessalônica (At 17.1-9), de sorte que não teve tempo para instruir com profundidade a nova igreja. As duas epístolas tentam suprir esta necessidade de maiores instruções (e esclarecimento de dúvidas) sobre a vida cristã e, especialmente, sobre a Segunda Vinda de Cristo.
 
1 e 2 Epístolas a Timóteo
1 Tm é o trecho do Novo Testamento que aborda de maneira mais clara o perfil e o dever dos líderes ordenados da Igreja; Segundo alguns estudiosos, em 3.16 Paulo está citando um hino antigo, usado pela Igreja em suas reuniões de adoração. 2 Tm Esta foi a última carta escrita pelo apóstolo Paulo; Contém, em 3.15-17, uma passagem de fundamental importância para a compreensão da doutrina
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das Escrituras; Não sabemos se Timóteo conseguiu encontrar Paulo antes de seu martírio (4.9). Segundo a tradição, o apóstolo foi decapitado em Via Óstia, uma estrada que levava a esta cidade.
 
A Epístola a Tito
Após a saudação (1.1-4), é declarado o propósito da missão de Tito (1.3-9); esta missão incluía a formação de uma liderança local efetiva e íntegra, especialmente diante do perigo dos falsos mestres e do perfil moral dos cretenses. Da mesma forma a Timóteo, Tito recebe instruções sobre como instruir os vários grupos dentro da Igreja (2.1-3.11).
 
A Epístola a Filemom
Data 62. É a epístola mais curta de Paulo; Apresenta um interessante trocadilho nos versículos 10 e 11 (o nome Onésimo, em grego, significa “útil”); Apresenta a maneira de a Igreja primitiva lidar com o problema da escravidão: a crença de que o poder transformador do Evangelho pode levar os homens a rejeitarem práticas sociais injustas (8, 13-16, 21).
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A Epístola aos Hebreus
Hebreus constitui-se em uma carta anônima (motivo pelo qual houve debates acerca de sua canonicidade até o século IV). Alguns pensam que foi escrita por Paulo, outros, por Barnabé, Lucas, Apolo ou até mesmo Clemente de Roma. Como disse Orígenes (185-253 d.C.): “... quem escreveu a epístola só Deus sabe.” (História Eclesiástica, livro VI, cap. XXV). O máximo que podemos deduzir do autor é que: ele não pertenceu à primeira geração de ouvintes e pregadores do Evangelho (2.2-3), estava familiarizado com o sistema cerimonial judaico, conhecia a Timóteo (13.23), escreveu de Roma (13.24) e era também um homem bastante culto (pelo excelente grego utilizado em sua epístola).
 
As Epístolas Gerais
As epístolas de Tiago, Pedro (1 e 2), João (1, 2 e 3) e Judas são chamadas de Epístolas gerais ou universais (católicas), por se destinarem, originalmente, a um público
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maior que o de uma igreja local. Tiago organizou seu discurso através, principalmente, de mandamentos e citações dos ditos do Senhor; Em 2.2, Tiago utiliza o termo sinagoga (synagogen) para referir-se à Igreja. São temas importantes em 1Pedro: a teologia do sofrimento e da esperança (1.3-12), a peregrinação dos cristãos (1.17; 2.11), o discipulado (2.21); Assim como Hebreus, 1Pedro também possui como público-alvo cristãos perseguidos; A palavra “Deus” ocorre quase 40 vezes neste pequeno escrito; Contém uma das passagens de mais difícil interpretação em toda a Bíblia: 3.18-22, acerca da “descida de Cristo ao hades”. Assim como em 1Timóteo, esta epístola (2 Pd) contém outra passagem
fundamental no que se refere à doutrina das Escrituras: 1.20-21; Existe muita similaridade entre 2 Pedro e Judas. O grau de inter-relacionamento e/ou interdependência entre as duas epístolas ainda permanece um mistério. A maneira de João se identificar em 1 (presbítero/ancião) pode sugerir que ele já se encontrava em idade avançada, pertencendo esta carta ao mesmo período de escrita de 1 João (85-95 d.C.), além das evidências que ele
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estava tratando com o mesmo tipo de heresia citada na primeira epístola (compare 1Jo 4.1-3 com 2Jo 2.7). A 3 epístola, juntamente com 2 João, nos ajuda a conhecer melhor o cotidiano da Igreja no fim do século I. Judas faz uso de escritos da literatura apócrifa judaica: A Assunção de Moisés (9) e O Livro de Enoque (14-15). Não se depreende disto, porém, que o autor considerava tais livros inspirados, mas considerou que alguns conceitos que estes livros apresentavam eram corretos e úteis para ilustrar seu ensinamento (assim como Paulo citava poetas gregos em suas mensagens e escritos – At 17.28; 1Co 15.33; Tt 1.12).
 
Introdução ao Apocalipse
A palavra apocalipse significa “revelação”; este livro constitui-se em uma revelação divina acerca dos fatos vindouros que concluirão a história humana, com o triunfo de Cristo sobre todas as forças do mal. Esta revelação do futuro histórico tem como objetivo encorajar e incentivar seu leitor (inclusive a Igreja) a viverem o presente à luz desta esperança – ou
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seja, em esperançosa preparação. Em Apocalipse aparecem algumas características típicas dos escritos joaninos: a preponderância do número 7 (7 igrejas, 7 selos, 7 trombetas, 7 taças, 7 bem aventuranças, etc.) e o título Palavra de Deus aplicado a Cristo (19.13); • Alguns estudiosos creem que o versículo 19 do capítulo 1 contém a chave para esboçar o livro (“as coisas que viste, e as que são e as que hão de acontecer depois destas”).

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