Curso Básico de Teologia (Livre)

Prof. Márcio Ruben



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Soterologia

Jesus, o salvador

 

“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Ἰησοῦν· αὐτὸς γὰρ σώσει, IhsouV - Jesus do heb. Yehoshua, Jeová Salva, Yoshua – Josué, Yeshua - Jesus – tetragrama – YHWH mais Yshua – salvação (Mt 1.21). Sotéros, σωτῆρος, salvação.

A salvação em Jesus Cristo é o tema principal do evangelho, a essência e o alvo de sua mensagem. “Pois nasceu hoje, na cidade de David, o vosso Salvador que é Cristo, o Senhor!” (Lc 2.11).

Esta salvação implica na vida eterna. Vida eterna é santificação perpétua, serviço eterno ao Senhor, consagrado – sagrado – fechado – fechado com Deus por toda eternidade, mais do que tempo aponta para qualidade de vida. Vida sem tristeza, choro, doenças, guerras, morte.

A paz que Jesus dá excede a toda paz imposta e coerciva. O shalon, saúde e prosperidade no Senhor.  “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27).

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” ζωὴν αἰώνιον, zoen aiônion (Jo 3.16).

 O sumo sacerdote oferecia no Dia da Expiação, Yon Kippur, sacrifício por Israel, uma vez no ano, entrava no lugar santíssimo, indo até a arca do concerto, aspergindo o sangue sobre o propiciatório, a tampa da arca. O Senhor expiaria o pecado de seu povo, dia do perdão. Jesus se oferece na cruz, penetra no lugar santíssimo oferecendo a si mesmo e tornando-se a expiação do pecado de todos que nele crerem. Assim como a serpente de bronze foi levantada no deserto para salvação do povo assim Jesus foi levantado no madeiro.

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”  (Is 53.4-7).

O Filho do homem veio para servir e dar sua vida em resgate de muitos, pois ninguém poderia ser salvo por suas próprias obras. Cessando todo sistema sacrificial de sangue de animais, o seu sacrifício sem mancha e imaculado, perfeito é eterno, oferecido uma vez por todas pela humanidade. (Mc 10.45; Mt 26.28; Lc 22.20; Rm 3.19-31; Gl 2.21; Hb 9.1-28).  

Deus reconciliou com ele através da morte de Cristo na cruz todo aquele que crê. O Cordeiro de Deus (Jo 1.29), o cordeiro pascal, que livra o crente da ira futura e da segunda morte. Mais do que a morte, está o sacrifício expiatório do cordeiro sem mácula. Sangue mais precioso do que o ouro ou a prata. Sangue da Nova Aliança.

O homem para obter o perdão de Deus precisa arrepender-se. Metanóia significa mudança de vida. Sem que sinta-se suas feridas o pecador não pode procurar sua cura (Lc 13.1-5). O Espirito Santo convence o homem de seu pecado, através da pregação do evangelho, da palavra semeada (Lc 24.47). Aquele que se arrepende, ouve o chamado amoroso e imerecido de Deus (Lc 15.1-2). Ao perguntarem a Pedro “O que faremos?” ele responde “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38).

O Espírito chama à conversão. Abandonar a vida de pecado e aceitar o sacrifício expiatório de Jesus. Elevar-se à condição de filho de Deus (Jo 1.12). Mas há aqueles que endurecem seus corações para o que Deus fez ou quer fazer (Mc 3.5; 6.52). “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” (Jo 3.19).

Jesus é a ressurreição e a vida. Aquele que crê passa da morte para a vida “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” (Jo 11.25-26).

Crer - pisteuo - πιστεύω (Jo 3.16). Pistis, πίστις – fé. A fé é condição necessária para salvação e permanência no reino de Deus (Jo 5.24). É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia, acredite que ele o ouve. A fé é esta certeza no invisível. Como uma semente, tem em si potencialmente todas as qualidades do possível e do real. Pode mover as montanhas (Mt 17.20). Pode ser um dom que precisa crescer ou primeiramente uma resposta ao convite da salvação, a fé salvífica.

A regeneração, o novo nascimento, é ato direto de Deus no homem, assim como a justificação e a adoção. “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (Jo 3.3). Jesus é a videira e os ramos são limpos e recebem a seiva da videira (Jo 15.3); Só o regenerado poderá ver a Deus (Mt 5.8). Só pode reconhecer o valor do evangelho, da pérola preciosa, do tesouro escondido, do doce perfume, aquele que nasceu de novo. Aquele que pode ver em Jesus o autor e consumador de sua fé. O Santo de Deus.. O sangue derramado dos cristãos ao longo dos séculos prova que eles amaram mais o mundo vindouro do que o presente século, isto só foi possível, por que nasceram de novo. Não pegavam em armas nas arenas, simplesmente ajoelhavam, oravam e cantavam. Não revidavam e não se desesperavam, como cidadãos dos céus, tinham suas mentes em Cristo.

Deus ordenada que os seus servos sejam santos, ἅγιος, hágios, separados desta geração perversa. Separados para Deus e o seu serviço. Os utensílios do templo eram santos, pois eram de uso exclusivo a Deus. Os servos do Senhor são propriedade exclusiva de Deus, levitas consagrados ao serviço de Cristo.  Santificados na verdade, alethéia, ἀληθείᾳ (Jo 17.19). Amam mais a Deus que as suas próprias vidas. Santificação sem obediência, amor e serviço não existe. Santificação exige fidelidade, perseverança “Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo.” (Mt 24.13). “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.” (Lc 9.62).

     

 

 

 

 

Pneumatologia e Eclesiologia

O mover do Espírito

 

Davi pede ao Senhor que não afaste de si o Espírito Santo  -  קֹדֶשׁ וְר֥וּחַ – Ruah Qadosh. (Sl 51.11). O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade. Pneuma Hágios - τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον (Jo 14.26). Agente ativo na criação. Não é uma força ativa de Deus, mas o próprio Deus. A ele se mente como Ananias e Safira, se rejeita como os Fariseus o fizeram. Em Atos age sobrenaturalmente sobre a igreja. Revela o oculto, atua com rigor e zelo na igreja. Instrui e inspira os servos de Deus.

”E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia”. (At 16:6) Intercede pela igreja, orientando-a e separando os Paulo e Barnabé para missões “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (At 13.2). Alertando sobre as adversidades que virão: “e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios.” (At 21.11).

Falando a Pedro, para que fosse com os mensageiros de Cornélio “Então, o Espírito me disse que eu fosse com eles, sem hesitar. Foram comigo também estes seis irmãos; e entramos na casa daquele homem.” (At 11.12). como Cornélio havia muitos homens no império que tinham aprendido sobre Deus nas sinagogas, mas não eram judeus. Admiradores da fé no Deus vivo, como o eunuco etíope, que Filipe fora enviado: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.” (At 8.29). O mundo estava inconscientemente ansioso pelo evangelho. A filosofia grega causara um vazio intelectual e a descrença num deus que não fosse uno, pois o que se divide não é perfeito. O Espirito Santo estava controlando a igreja, a fim de alcançar as nações. O evangelho era diferente de tudo, pois não fazia acepção de pessoas, escravos como Onésimo poderiam se tornar bispos, a mulher deveria ser honrada, os filhos amados e respeitados. O Espirito Santo estava atuando para trazer dignidade e salvação. Distribuindo dons a igreja.

Decisões vinham sob a direção Espirito Santo, “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:” (At 15.28).

O Espirito Santo impulsionou Estevão a falar aos líderes de Israel sem temor e com ousadia, mostrando que a verdadeira adoração não se limita a um lugar, mas em espírito e em verdade. Cheio do Espirito Santo, Estevão, pôde ver os céus abertos e Senhor “Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.” (At 7.55-56).

A ekkesia, ἐκκλησία (Mt 16.18), igreja, é movida e suprida pelo Espírito Santo. Obedece a sua grande missão de levar o evangelho a toda criatura “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mt 28.19). O Espírito Santo atua na igreja, ensinando e fazendo recordar das palavras de Jesus “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14.26).

O Espirito Santo reveste a igreja de poder “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”; δύναμις, dynamis, poder (At 1.8).

Os cristãos eram chamados para receber o batismo no Espírito Santo:

 “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (At 1.5).

 “Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.” (At 11.16).

“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.” (At 19.6).

A igreja vive a plenitude do Espírito vendo e ouvindo das maravilhas de Deus. Há curas, libertações, salvações e renovações. “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Mc 16.17-18) O Espírito fala a igreja e usa os cristãos em dons. (At At.9; 21.10).

No domingo de pentecostes o Espírito Santo desceu sobre a igreja, cumprindo as várias situações importantes ocorridas neste dia da semana, inclusive a ressurreição, que a igreja separou como dia do Senhor, mesmo antes do concílio de Nicéia em 325 d. C. (Lc 24.36-49; Jo 20.1-26; At 2).

A igreja, direcionada pelas palavras de Jesus e sob a orientação do Espírito Santo, cumpre as ordenanças do batismo e da ceia. O batismo aponta para a morte em Cristo, assim como o batismo de Jesus, puro, sem mácula, sem do que se arrepender, por João Batista, apontava para o Cordeiro substitutivo, para o seu sacrifício expiatório. “Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize!” (Lc 12.50). O batismo, à medida que o Espirito Santo atua na conversão de pessoas e se arrependem é realizado pela igreja (At 2.41; 8.12,16; 10.47,48; 19.3,5).

A ceia do senhor é ministrada em memória do sacrifício de Jesus na cruz (Mt 26.17; Mc 14.12; Lc 22.19; Jo 14.26). “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.” (Lc 22.19). Há um registro de que era realizada aos domingos “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.” (At 20.7).

 

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